Alex Farrar vai usar a sua residência em São Miguel para desenvolver um grupo de invenções nos Açores para o festival Walk&Talk do próximo ano. Além de se envolver com a edição deste ano e com os seus participantes, Farrar pretende explorar com sensibilidade locais, materiais e técnicas encontradas na ilha, abrindo espaço a um resultado indefinido que venha a refletir sobre a sua experiência de vida nos Açores.
Com uma abordagem sistémica da arte, Farrar produz agrupamentos concentrados de obras, que mais recentemente passaram a focar-se no corpo como um espaço liminar entre o interior psicológico e a vida social. Recorrendo, muitas vezes, ao humor e a relações escultóricas complexas, entre materiais e as suas formas, Farrar mina experiências de incorporação com estratégias que convocam o método crítico-paranóico de Salvador Dali, a psicogeografia dos Situacionistas e a patafísica de Alfred Jarry.