A 10ª edição do Walk&Talk – Festival de Artes dos Açores, a decorrer entre 15 e 24 de julho na ilha de São Miguel, apresenta 22 projetos inéditos que desenham um programa que permite diferentes caminhos e formas de participar e viver o festival, e termina com uma maratona visual entre as Sete Cidades e a Relva.Seguindo o mote
Será por onde formos, o festival acontece em deambulação, por vários espaços públicos e culturais da ilha: o Walk&Talk 10 adiciona
4 novas peças ao circuito de arte pública (Abbas Akhavan, Luísa Salvador, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira e Tropa Macaca) e serão inauguradas
9 exposições no fim-de-semana de abertura (Alex Farrar, Alice dos Reis, Catarina Miranda, Danny Bracken, Joana Franco, Mané Pacheco, Margarida Fragueiro, Nadia Belerique e Sofia Caetano), ocupando espaços como o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, Museu Carlos Machado, Galeria Fonseca Macedo, Instituto Cultural de Ponta Delgada, ou o
espaço vaga – nova sede da associação Anda&Fala, que se assume como ponto de encontro do festival. Estreiam também
6 espetáculos e performances, que devolvem a dança, a música e o vídeo aos palcos (Catarina Miranda, Flávio Rodrigues, Gustavo Círiaco, Lucy Railton & Pedro Maia e Luís Senra), e
1 filme (Diogo Lima).
Os projetos resultam de encomendas do Walk&Talk e de residências artísticas desenvolvidas nos Açores entre 2018 e 2021; e incluem quatro apresentações dos Jovens Criadores W&T, a chamada a artistas/criadores naturais ou residentes nos Açores, que premeia os autores selecionados com uma bolsa de criação, residência artística e presença no festival.
A
RARA - Residência de Artesanato da Região dos Açores continua em mais uma edição, com curadoria de Miguel Flor, e reunindo designers (Eneida Lombe Tavares e João Xará) com artesãos locais, para trabalhar na criação de novos objetos ao longo do festival.
A experiência da 10ª edição poderá ser vivenciada quer através de um
programa livre, à semelhança dos anos anteriores, como também pela participação nas
excursões diárias - a grande novidade da edição celebratória. As excursões são desenhadas em colaboração com o coletivo Talkie-Walkie (com Luís Fernandes e Rita Serra e Silva), e contabilizam
10 experiências coletivas únicas, que partem dos projetos do festival e cruzam-se com outras pessoas, lugares e contextos da ilha. Estas são guiadas por um especialista convidado, têm percursos definidos e poderão acontecer a pé ou de bicicleta, dentro de um espaço geográfico limitado, ou de autocarro, quando existem vários locais a visitar que são distantes entre si.
“We Are Running Out Of Time” é uma
maratona ativista que encerra o festival e atravessa a ilha de São Miguel, entre as Sete Cidades e a Relva, dividida em 4 percursos (42km, 21km, 8km e 3km), e na qual todos podem participar. É uma maratona de urgência que une a corrida às reivindicações, lutas e causas de todos aqueles que dela fizerem parte. Um projeto de ilhas studio, que defende a interseccionalidade como forma de olhar para o mundo, onde a arte, o desporto e a cidadania se reúnem para gerar espaço de encontro e diálogo.
O
Programa de Conhecimento estará ativo durante todo o período do festival através de atividades práticas e teóricas, e a 4ª edição da
Summer School W&T acontecerá em formato presencial e online, potenciando a partilha entre jovens dos 16 aos 21 anos com artistas, curadores e criativos. O ciclo de conversas
Talk About também regressa a um formato físico, cruzando artistas e projetos do festival, de forma a gerar novos espaços de entendimento e discussão sobre arte, sociedade e o mundo.
Será por onde formos tem curadoria de Jesse James e Sofia Carolina Botelho, da Direção Artística da Anda&Fala - Associação Cultural, e de Ana Cristina Cachola, curadora convidada.
A 10ª edição do Walk&Talk é um dos eventos piloto a acontecer nos Açores, com um plano de contingência aprovado pela Direção Regional de Saúde do Governo dos Açores, que possibilita o regresso a uma experiência física e presencial de forma segura e controlada.