Inaugurações | 6julho
Walk&Talk Opening Weekend
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O Circuito de Exposições tem o apoio
Adega Mayor
Grupo Bensaude
Instituto Cultural Romeno - Lisboa
SolMar Avenida Center
Museu Carlos Machado
Instituto Cultural de Ponta Delgada
Coral de São José
DEAMBULAÇÃO IDENTITÁRIA
SÉRGIO FAZENDA RODRIGUES
CURADOR CIRCUITO
A proposta curatorial para o Circuito
de Exposições do festival Walk&Talk,
em Ponta Delgada, em 2019 articula
um conjunto de sete apresentações
individuais, patentes em cinco
espaços diferentes desta cidade.
Estas apresentações indagam o
formato tradicional de exposição e
problematizam a ideia de identidade.
Trabalhando com os lugares que se
coadunam com a sua natureza, as
intervenções questionam aquilo que
define, compõe e reinventa uma lógica
identitária, operando numa estreita
relação entre espaços e conteúdos.
Cada intervenção interpela um
conjunto de referências de base
cultural, social e antropológica,
que vão das questões de género,
à memória, à paisagem e à
arquitetura. Interpelações que
interrogam a expressão do tempo,
a ideia de mudança e o conceito de
conhecimento, e que sugerindo um
percurso inclusivo, cruzam três tipos
de intervenção. Estas intervenções
organizam diferentes modelos
expositivos, onde se destacam:
(1) As intervenções singulares em
lugares específicos (pontuar)
(2) As intervenções que se propagam
no espaço urbano (dispersar)
(3) As intervenções que se agrupam
num local (convergir)
Pontuar, dispersar e convergir são,
assim, as ações de base que norteiam
uma lógica que se quer alargada,
transformadora e participativa,
ditando a participação dos artistas:
Gonçalo Preto no Museu
Carlos Machado - Núcleo de
Santo André (pontuar)
Miguel C. Tavares & José Alberto
Gomes, junto ao Anfiteatro das
Portas do Mar (pontuar)
Maria Trabulo na Torre Sineira
de Ponta Delgada (dispersar)
Rita GT no Museu Carlos Machado
- Núcleo de Santo André, e nas ruas
que lhe estão adjacentes (dispersar)
Mónica de Miranda, Diana
Vidrascu e Andreia Santana, no
4º piso do edifício SolMar, na
Avenida Marginal (convergir)
No seu conjunto, as exposições
refletem sobre aquilo que identifica
uma comunidade, acreditando que tal
contempla um processo de renovação
constante, onde a criatividade, o
debate e a inclusão, têm um lugar
cimeiro. Nesse sentido, todas as obras
procuram explorar não a diferença que
nos distingue, mas sim a reinvenção
da semelhança que nos aproxima.
O Circuito de Exposições é apoiado pela
Fundação Calouste Gulbenkian.