Águas futuras propõe uma narrativa de ficção científica, que interliga fragmentos de mitologias marítimas com preocupações sobre as possíveis consequências da exploração mineira em alto-mar. Ao abordar o tema do colonialismo, da extração de recursos naturais e do desenvolvimento tecnológico, serão apresentados um filme, uma intervenção escultórica e sessões de escuta debaixo de água.
O filme Deep Sea Rising, desenvolvido por Diogo da Cruz e Fallon Mayanja, introduz uma série de estórias e reflexões poéticas, associadas a distintos locais da ilha de São Miguel, convidando-nos a refletir sobre a ubiquidade da água e a olhar para o Atlântico não só como local da origem da vida, mas também como um recipiente de memória, testemunha dos crimes coloniais.
Wave Jumper, fabricado com material de entulho e excedentes de edições passadas do Walk&Talk, apresenta uma forma de vida marinha alienígena que emerge perto do porto, preparada para defender o seu habitat. Próximo da peça, nas Piscinas do Pesqueiro, uma coluna submarina será ativada, reproduzindo peças sonoras que refletem o processo da criação do filme e irão amplificar o mito de uma civilização submarina.
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