Na coreografia de André Uerba, os fios delicados são gradualmente acendidos, um após o outro e às vezes simultaneamente criando um espaço em câmera lenta em constante mudança e desvanecimento. A força dos fios a queimar desdobra-se na escuridão. Em um tempo de guerras perpétuas entre o presente e o futuro, o ritmo desacelera, tornando-se aqui quieto e calmo. »Burn Time« reconhece os momentos e dedica-se ao aqui e agora. A quietude da sala, a lenta subida dos pontos de luz que fazem lembrar pirilampos suspensos no ar e os movimentos suaves dos performers retardam a percepção do tempo.