Para a Expedição: Empatia, Rain Wu criou um mapa sobre a impossibilidade de mapeamento. Os mapas são depósitos de uma pequena porção de conhecimento acerca de um lugar, na tentativa de compreender o mundo. Mas esse depósito é apenas um fragmento de um todo impercetível, tornado legível através de medidas que simplificam a complexidade do terreno, a fim de permitir a nossa compreensão daquele. Ao mapear, podemos assumir um ponto de vista e reivindicar a nossa soberania de um conhecimento fracionário, mas a terra está viva e continua a evoluir apesar dos nossos esforços para a fixar. A Ilha Sabrina foi uma ilhota formada em 1811 por uma erupção vulcânica submarina ao largo de São Miguel, nos Açores. A primeira pessoa a desembarcar na nova ilha foi o comandante James Tillard, capitão britânico que ali içou a Union Jack. Após a sua reivindicação de soberania pela Grã-Bretanha, Tillard regressou aos Açores, mas a ilha tinha desaparecido. Inspirada por este exemplo de reviravolta de forças naturais, a instalação de Wu é composta por uma grade metálica tridimensional, dentro da qual se encontram objetos perecíveis em transformação. O projeto desafia qualquer tentativa de medir e rejeita noções fixas de forma e escala, propondo, em vez disso, uma irresolução evolutiva entre matéria e representação.