Um momento de reunião, encontro e partilha.
Uma sala comum, agora a céu aberto.
Pretendemos a experiência da terra e o desenho do recorte do céu, um limite.
Este limite desenha-se num quadrado, com quatro entradas, que se constrói com uma matéria
vulcânica invisível, o fogo.
Dentro, uma estrutura de madeira impõe o ritmo e a grelha desenha uma medida.
Numa altura de (re)encontro social, evocamos esta nova medida.
Uma grelha que imprime o texto das pedras, que define um recinto, um novo espaço de uso.
Aqui, estamos dentro, mas fora, numa relação que oculta a sua envolvente e desenha o céu.
O texto das pedras é o que permanecerá, tal como em toda a nossa história.
Neste território, a presença dos muros de pedra, permitem ler a matriz da sociedade de um tempo.
É este texto que perdura e nos dá os dados de uma leitura do passado.
Com o passar do tempo, o limite proposto desaparecerá ficando apenas as pedras, alinhadas, a uma
distância de 2 metros, que nos evoca para a nova medida do tempo.
O sistema, a grelha, os elementos construtivos, o quadrado: está tudo lá, de forma directa e visível.
Através de uma estrutura rígida e simples, pequenas alterações permitem entrar, percorrer e criar
espaço, entre a superfície vulcânica e o céu.