O trabalho que Maria Ana tem vindo a desenvolver desde 2014 procura encontrar e estabelecer ligações entre o fragmento e o material cerâmico como imagem resultante de uma coleção de memórias da sua percepção pessoal da natureza.

Em esculturas executadas em cerâmica vidrada que lembram formações geológicas, fragmentos rochosos ou pedaços de gelo, a artista trabalha aspetos ligados à cor, profundidade, temperatura, variação e som.

Em 5.a.m. (working title), Maria Ana questiona os materiais que utiliza na sua escultura, materiais constituintes do mundo que nos rodeia. É disso que a sua escultura trata, formar ou conformar o mundo, e ao fazê-lo, automaticamente o trabalho traz novas questões e comentários ao macrocosmos que nos rodeia e a maneira como nos relacionamos com ele.

A ideia de natureza morta que surge no título impele-nos a fazer um paralelo entre momento “congelado” que a escultura representa e o momento atual em que vivemos.