O Walk&Talk surge, enquanto projeto, da necessidade de um agente ativo no desenvolvimento do contexto artístico e criativo nos Açores, capaz de destacar o contributo estratégico que o sector poderá ter no desenvolvimento sustentável de um território, insistentemente, definido pela sua insularidade e condição periférica.
O projeto assumiu o formato de um festival que recorria ao universo da street-art como base discursiva, a partir do qual criava um “meio termo”, capaz de contornar um contexto artístico local marcado pela bipolaridade de conteúdos eruditos ou populares. O espaço público tornava-se então esse novo local para um confronto e discussão acessível a um público mais vasto.
Na primeira edição foram produzidos 18 murais que ocuparam diferentes espaços e edifícios da cidade. O impacto físico numa cidade como Ponta Delgada aliado ao mediatismo que o movimento angariava na altura permitiu, e garantiu, o reconhecimento e a simpatia junto de públicos diversos. Esse reconhecimento funcionou, por sua vez, como uma ferramenta junto de entidades publicas regionais, com vista ao seu envolvimento e participação.